quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Competitividade... O vírus que contaminou a humanidade.
·        Gratidão a  SIDNEI SPANO em 17 dezembro 2013 às 6:51


Quando nos deparamos com tantas pessoas doentes a nossa volta, nos perguntamos por que isso está acontecendo com tanta intensidade.
A resposta mais plausível é que hoje a humanidade está contaminada por um vírus chamado competitividade. Ele é responsável por desencadear vários sintomas físicos e emocionais, com seus efeitos e suas consequências devastadoras.
É um vírus mental, gerado e alimentado por todos os seres pensantes desse planeta, sem exceção. E, como todo ser humano é  pensante, podemos ter a certeza de que não existe um único ser vivo que não esteja contaminado por esse vírus.
Esse é o atual estigma desse planeta.
Originariamente, a competitividade foi manifestada nessa dimensão como um estímulo motivacional. Era o impulso necessário para a ascensão intelectual, moral e espiritual de cada ser. Mas, a mente humana adoeceu. Foi contaminada pelo poder desenfreado do ter, quando a intenção era revelar a verdadeira identidade do ser. E, com isso, gradativamente o sentido da competitividade foi se transformando. Tornou-se perniciosa. E hoje ela é uma condição imposta a todos nós, independente da idade, sexo ou religião. É a palavra chave para se conquistar as pretensas vitórias.
Por incrível que pareça, a competitividade se inicia dentro do próprio ciclo da vida. Começa durante a nossa concepção, onde os espermatozoides competem entre si para alcançar o óvulo. Depois, ela continua durante todo o processo do nosso crescimento, onde consciente ou inconscientemente aprendemos a competir por tudo e com todos.
É a herança do mundo moderno.
Na escola competimos pela melhor nota; pela atenção da professora; pela melhor amizade; pelos amigos com algum destaque; pela melhor roupa e assim vai.
Dando continuidade ao seu ciclo, agora ela atinge nossa vida adulta. Passamos a competir pelo melhor emprego; pela melhor posição social; pelo melhor carro; pela melhor casa; pela beleza escultural, etc...
Mas poderíamos perguntar: E querer o melhor é ruim?
Não, seria a resposta, mas se fosse feito de uma forma diferente da atual.
Essa ânsia de vencer acaba sempre atropelando nosso destino; nossa vida familiar; nossa evolução como ser humano e a nossa experiência de vida como um todo.
Competimos com todos, sem exceção e, quando não há com quem competir, competimos conosco mesmo.
O homem, envolvido pelo próprio ego, se devaneia nos seus falsos conceitos e preconceitos, cobrando e rotulando as pessoas, fazendo delas seus rivais, que virtuais ou não, começam a fazer parte da sua vida e da sua luta mental. São os pretensos alvos a serem atingidos para que sua vitória seja assegurada.
E assim, consciente ou não, ele acaba envolvendo as pessoas com os seus pensamentos, com sua energia manipuladora, na ânsia de ser e estar sempre em primeiro plano.
Você já reparou que, muitas vezes e instintivamente, olhamos a quem está ao nosso lado e competimos, o julgamos e o classificamos?
E, quando podemos, as depreciamos e as menosprezamos tentando controlar o seu tempo; o seu espaço, seus pensamentos e seus sentimentos.
Esta competição se tornou inerente no ser. É a epidemia que avassala o corpo e a mente da humanidade.
E, por competir demais, aceleramos nosso envelhecimento com a frustração dos objetivos não alcançados. A competitividade nos torna cego. Deixamos de ver e de viver os momentos mais singelos da nossa existência.
Mas, como todo vírus, a competitividade encerra seu ciclo com a nossa morte física.
Essa epidemia está consumindo as pessoas e adoecendo a humanidade. Quanto mais o ser humano tenta controlar sua própria vida, como dono do tempo e do espaço, mais sofrerá as consequências dos desencontros.
Nas Leis da Criação existe um movimento energético chamado de sincronismo cósmico, vulgarmente conhecido por nós como acaso ou coincidência. Se o ser humano conseguir se manter dentro desse sincronismo, que o mantém equilibrado como um todo, tudo que for dele, a ele por direito lhe será ofertado.
Mas, é bom lembrar que essa sincronicidade se dá independe do seu querer ou do querer do seu próximo; ou da condição de se planejar e de se controlar. Ela simplesmente acontece quando você se deixa levar pela sua intuição e pelos seus sentidos.
É um processo interno e não externo.
Quantos fatos aconteceram em nossa vida que, por não seguirmos a nossa intuição, acabamos sofrendo as consequências por decisões mal tomadas.
Temos que nos entregar e apenas confiar. A fé, a perseverança, a humildade e a sabedoria trazem maior atributo a todos os seres que vivem nesse mundo.
Nossos  pensamentos de competitividade alimentam esse vírus.
E, com as forças regeneradas ele acaba envolvendo nosso corpo físico, emocional e nosso corpo mental. Fisicamente ele desestrutura nossas células, nosso sangue, nossos tecidos, os músculos e os órgãos. E, fragilizado se torna mais suscetível a toda e qualquer doença.
O nosso corpo físico é o reflexo da nossa alma nessa dimensão. Se nossa alma e a nossa mente adoecem, nosso corpo tem a propriedade e o dever de materializar esse desequilíbrio. E ele o faz através das chamadas doenças psicossomáticas.
O corpo mental existe e embora sutil e invisível aos nossos olhos, também é limitado. Quando ele se satura, as ondas que o compõe se multiplicam e se expandem, enfraquecendo-o. A própria saturação o torna um receptor a qualquer doença. Fisicamente falando o processo é idêntico. Quanto mais nos estressamos, mais fragilizados ficamos.
Esse enfraquecimento gera um desequilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito e, a partir daí, a doença se manifesta.
Concluindo, podemos dizer que a doença nada mais é do que a faxina da alma e da mente. E elas são necessárias, caso contrário, a saturação mental nos conduziria a um estado de loucura. E, na verdade, seríamos bem mais desequilibrados do que já somos.
Comportamentalmente a competitividade traz consigo, embora invisíveis, os sintomas da falta da solidariedade, do desamor, da falta de compaixão, do desrespeito e da humildade. As expectativas criadas e não correspondidas nos causam desapontamentos. Muitas vezes isso nos induz a depressão sem uma causa definida. É a sensação de fracasso. E a perda da autoestima desencadeia todas as doenças. Por isso há tantas pessoas se sentindo doentes, física e emocionalmente.
Temos que vigiar nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações, pois todos tem o direito de nascer, crescer, viver e morrer com dignidade.
Qual é a diferença entre uma pedra comum e uma preciosa? A comum retém a luz, e a outra a reflete.
Nossa meta, como o ser humano, é refletir luz, porque isso é o que somos.
Um dia seremos uma pedra preciosa lapidada e refletora, iluminando o caminho daqueles que nos seguem.
Seja perseverante. Com consciência, faça o que puder para mudar. Lembre-se que só o amor constrói e, que ele é o único antídoto capaz de eliminar o vírus da competitividade.

Agora, como exercício final, esfregue suas mãos e ponha-as sobre seus olhos, sobre seus braços, sobre seu corpo e agradeça por tudo o que ele é e o que proporciona a você, para seu conhecimento e sua evolução nessa dimensão... paz e luz Sambalyadê

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