Competitividade...
O vírus que contaminou a humanidade.
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Gratidão a SIDNEI SPANO em 17 dezembro 2013 às 6:51
Quando nos deparamos com tantas
pessoas doentes a nossa volta, nos perguntamos por que isso está acontecendo
com tanta intensidade.
A resposta mais plausível é que hoje
a humanidade está contaminada por um vírus chamado competitividade. Ele é
responsável por desencadear vários sintomas físicos e emocionais, com seus
efeitos e suas consequências devastadoras.
É um vírus mental, gerado e
alimentado por todos os seres pensantes desse planeta, sem exceção. E, como
todo ser humano é pensante, podemos ter a certeza de que não existe um
único ser vivo que não esteja contaminado por esse vírus.
Esse é o atual estigma desse planeta.
Originariamente, a competitividade
foi manifestada nessa dimensão como um estímulo motivacional. Era o impulso
necessário para a ascensão intelectual, moral e espiritual de cada ser. Mas, a
mente humana adoeceu. Foi contaminada pelo poder desenfreado do ter, quando a
intenção era revelar a verdadeira identidade do ser. E, com isso,
gradativamente o sentido da competitividade foi se transformando. Tornou-se
perniciosa. E hoje ela é uma condição imposta a todos nós, independente da
idade, sexo ou religião. É a palavra chave para se conquistar as pretensas
vitórias.
Por incrível que pareça, a
competitividade se inicia dentro do próprio ciclo da vida. Começa durante a
nossa concepção, onde os espermatozoides competem entre si para alcançar o
óvulo. Depois, ela continua durante todo o processo do nosso crescimento, onde
consciente ou inconscientemente aprendemos a competir por tudo e com todos.
É a herança do mundo moderno.
Na escola competimos pela melhor
nota; pela atenção da professora; pela melhor amizade; pelos amigos com algum
destaque; pela melhor roupa e assim vai.
Dando continuidade ao seu ciclo,
agora ela atinge nossa vida adulta. Passamos a competir pelo melhor emprego;
pela melhor posição social; pelo melhor carro; pela melhor casa; pela beleza
escultural, etc...
Mas poderíamos perguntar: E querer o
melhor é ruim?
Não, seria a resposta, mas se fosse
feito de uma forma diferente da atual.
Essa ânsia de vencer acaba sempre
atropelando nosso destino; nossa vida familiar; nossa evolução como ser humano
e a nossa experiência de vida como um todo.
Competimos com todos, sem exceção e,
quando não há com quem competir, competimos conosco mesmo.
O homem, envolvido pelo próprio ego,
se devaneia nos seus falsos conceitos e preconceitos, cobrando e rotulando as
pessoas, fazendo delas seus rivais, que virtuais ou não, começam a fazer parte
da sua vida e da sua luta mental. São os pretensos alvos a serem atingidos para
que sua vitória seja assegurada.
E assim, consciente ou não, ele acaba
envolvendo as pessoas com os seus pensamentos, com sua energia manipuladora, na
ânsia de ser e estar sempre em primeiro plano.
Você já reparou que, muitas vezes e
instintivamente, olhamos a quem está ao nosso lado e competimos, o julgamos e o
classificamos?
E, quando podemos, as depreciamos e
as menosprezamos tentando controlar o seu tempo; o seu espaço, seus pensamentos
e seus sentimentos.
Esta competição se tornou inerente no
ser. É a epidemia que avassala o corpo e a mente da humanidade.
E, por competir demais, aceleramos
nosso envelhecimento com a frustração dos objetivos não alcançados. A
competitividade nos torna cego. Deixamos de ver e de viver os momentos mais
singelos da nossa existência.
Mas, como todo vírus, a
competitividade encerra seu ciclo com a nossa morte física.
Essa epidemia está consumindo as
pessoas e adoecendo a humanidade. Quanto mais o ser humano tenta controlar sua
própria vida, como dono do tempo e do espaço, mais sofrerá as consequências dos
desencontros.
Nas Leis da Criação existe um
movimento energético chamado de sincronismo cósmico, vulgarmente conhecido por
nós como acaso ou coincidência. Se o ser humano conseguir se manter dentro
desse sincronismo, que o mantém equilibrado como um todo, tudo que for dele, a
ele por direito lhe será ofertado.
Mas, é bom lembrar que essa
sincronicidade se dá independe do seu querer ou do querer do seu próximo; ou da
condição de se planejar e de se controlar. Ela simplesmente acontece quando
você se deixa levar pela sua intuição e pelos seus sentidos.
É um processo interno e não externo.
Quantos fatos aconteceram em nossa
vida que, por não seguirmos a nossa intuição, acabamos sofrendo as
consequências por decisões mal tomadas.
Temos que nos entregar e apenas
confiar. A fé, a perseverança, a humildade e a sabedoria trazem maior atributo
a todos os seres que vivem nesse mundo.
Nossos pensamentos de
competitividade alimentam esse vírus.
E, com as forças regeneradas ele
acaba envolvendo nosso corpo físico, emocional e nosso corpo mental.
Fisicamente ele desestrutura nossas células, nosso sangue, nossos tecidos, os
músculos e os órgãos. E, fragilizado se torna mais suscetível a toda e qualquer
doença.
O nosso corpo físico é o reflexo da
nossa alma nessa dimensão. Se nossa alma e a nossa mente adoecem, nosso corpo
tem a propriedade e o dever de materializar esse desequilíbrio. E ele o faz
através das chamadas doenças psicossomáticas.
O corpo mental existe e embora sutil
e invisível aos nossos olhos, também é limitado. Quando ele se satura, as ondas
que o compõe se multiplicam e se expandem, enfraquecendo-o. A própria saturação
o torna um receptor a qualquer doença. Fisicamente falando o processo é
idêntico. Quanto mais nos estressamos, mais fragilizados ficamos.
Esse enfraquecimento gera um
desequilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito e, a partir daí, a doença se
manifesta.
Concluindo, podemos dizer que a
doença nada mais é do que a faxina da alma e da mente. E elas são necessárias,
caso contrário, a saturação mental nos conduziria a um estado de loucura. E, na
verdade, seríamos bem mais desequilibrados do que já somos.
Comportamentalmente a competitividade
traz consigo, embora invisíveis, os sintomas da falta da solidariedade, do
desamor, da falta de compaixão, do desrespeito e da humildade. As expectativas
criadas e não correspondidas nos causam desapontamentos. Muitas vezes isso nos
induz a depressão sem uma causa definida. É a sensação de fracasso. E a perda
da autoestima desencadeia todas as doenças. Por isso há tantas pessoas se
sentindo doentes, física e emocionalmente.
Temos que vigiar nossos pensamentos,
nossas palavras e nossas ações, pois todos tem o direito de nascer, crescer,
viver e morrer com dignidade.
Qual é a diferença
entre uma pedra comum e uma preciosa? A comum retém a
luz, e a outra a reflete.
Nossa meta, como o
ser humano, é refletir luz, porque isso é o que somos.
Um dia seremos uma
pedra preciosa lapidada e refletora, iluminando o caminho daqueles que nos
seguem.
Seja perseverante. Com
consciência, faça o que puder para mudar. Lembre-se que só o amor constrói e,
que ele é o único antídoto capaz de eliminar o vírus da
competitividade.
Agora, como exercício final, esfregue
suas mãos e ponha-as sobre seus olhos, sobre seus braços, sobre seu corpo e
agradeça por tudo o que ele é e o que proporciona a você, para seu conhecimento
e sua evolução nessa dimensão... paz e luz Sambalyadê
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